Celular pode causar Câncer

Muitos estudos foram realizados e entre eles à muitas discordâncias, vou mostrar dois estudos que afirmam e outros dois que negam essa afirmação.

É verdade que Celular pode causar Câncer? A favor


  • Vários estudos são realizados para provar ou negar tal afirmativa. No dia 08/11/2001 o professor Francisco Tejo, da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) apresentou a câmara dos deputados um estudo dos efeitos dos celulares na saúde, porém sem dados conclusivos. Segundo esses estudos, o uso excessivo pode causar câncer, principalmente no cérebro e nas mamas, além de provocar depressão, perda de memória e envelhecimento acelerado. Um estudo realizado por cientistas israelenses financiada pela Associação internacional contra o câncer em um projeto da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que os riscos de desenvolver um tumor maligno em glândulas parótidas (glândulas salivares) são quase 50% maiores quando há uso freqüente de telefones celulares (mais de 22h mensais).
  • De acordo com a pesquisa do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel, apenas alguns minutos (10 minutos) de exposição à radiação causada pelos celulares podem desencadear problemas na divisão celular humana que levam ao surgimento de tumores cancerosos. Uma equipe coordenada pelo professor Rony Seger expôs células humanas e de ratos a radiação eletromagnética a uma freqüência 875 MHz e com uma potência um pouco menor do que o nível emitido pela maioria dos handsets disponíveis no mercado. Segundo os pesquisadores, em 10 minutos o sinal químico indicativo do processo de desenvolvimento de tumor foi ativado.

É verdade que Celular pode causar Câncer? Contra


  • O British Medical Journal publicou recentemente uma pesquisa revelando que mulheres grávidas que moram próximas a uma estação de telefonia celular não apresentam maior chance de terem filhos com câncer. Foram estudadas 1400 crianças inglesas com diagnóstico de câncer e os resultados mostraram que elas não moravam mais perto dessas torres quando comparadas a um grupo controle de mais de cinco mil crianças sem o diagnóstico de câncer. Vale lembrar que o nível de exposição às ondas de radiofrequencia geradas por essas torres é bem menor que a do próprio telefone celular, e por isso, o risco do uso dos aparelhos é teoricamente maior.

  • Ainda no ano de 2010, foi publicado o estudo multicêntrico INTERPHONE que envolveu mais de cinco mil pacientes com tumores cerebrais de treze diferentes países. Essa pesquisa demonstrou que não há associação entre o uso do celular e a chance de apresentar tumores cerebrais. Entretanto, os resultados apontaram uma leve tendência de tumores do tipo glioma nos 10% dos indivíduos que mais usavam o celular.

Conclusão:

Em 2008, foi publicada uma metanálise, que é um tipo de balanço geral de todos os estudos realizados até então, evidenciando que o uso do celular ao longo prazo aumenta o risco de tumores cerebrais (Hardell et al., Int J Oncol 2008). No mesmo ano de 2008, uma série de neurocirurgiões de grande renome mundial passou a se manifestar afirmando que a tarefa de provar definitivamente que o celular causa tumor cerebral é só uma questão de tempo, já que uma lesão dessa natureza precisa de pelo menos dez anos para se desenvolver. Além disso, o jornal oficial da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia em conjunto com outras sociedades de neurocirurgia de nível internacional, conclamou em 2008 a cooperação da sociedade científica com os órgãos governamentais para tirar essa história a limpo, devido à potencial gravidade da situação.




Apesar de varias pesquisas terem encontrado de fato, relação entre o celular e tumores no cérebro, a mesma conexão ainda tem que ser feita para os tumores que se tornaram cânceres. Além disso, não há evidência concreta, que sugira que os sinais móveis atuais possam causar riscos de saúde em longo prazo.

Tanto se reconhece os potenciais riscos à saúde do telefone celular que vários países europeus recomendam restrições ao seu uso. O último documento da Organização Mundial da Saúde sobre o tema (maio 2010) afirma que ainda não há evidências satisfatórias de aumento de doenças decorrentes do uso do celular, mas enfatiza que os estudos ainda estão sendo conduzidos para avaliar seus riscos ao longo prazo. Em 2009 já havia cerca de 4.6 bilhões de usuários ao redor do mundo. Em Brasília há mais de um celular por habitante. Quem viver verá o resultado dessa polêmica.

Obs: Se o telefone celular causa tumor cerebral ou não, isso ainda é uma pergunta em aberto. Porém, já se reconhece que dirigir usando o celular é tão arriscado quanto dirigir embriagado. Pesquisa recente mostra que 28% dos acidentes de carro nos EUA são decorrentes do uso do celular.




1 Comentário

  • Parabéns!!!
    A matéria está muito legal!!!
    Na verdade, na nossa sociedade moderna vivemos expostos a tantos produtos quimicos, radiações, ondas eletromagnéticas, dentre outras coisas oriundas de nossa próprias inovações tecnológicas que não podemos precisar realmente qual produto foi o causador do cancêr no individuo. Somente através do aperfeiçoamento de técnicas e instrumentos de pesquisa poderemos aferir a realidade.
    É uma questão de tempo!!!
    Um abraço!
    Carlos

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